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SOBRE TRÂNSITO... OS ORTOPEDISTAS SÃO UNS CHATO

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                                                                   Presidente Soc Brasileira de Ortopedia

 

Muita gente vai reclamar quando encontrar hoje no vão do MASP um grupo de ortopedistas fazendo preleção por um trânsito mais seguro. Reclamarão mais ainda quando souberem que no Shopping ABC, em Santo André, além dos ortopedistas, um bando de universitários estará abordando todo mundo, repetindo pela milésima vez que o número de mortes no trânsito precisa baixar e que todos somos responsáveis. Mais uma vez, vamos ouvir o desabafo de que "os ortopedistas são uns chatos...repetem, repetem sempre a mesma coisa" !

Realmente a Sociedade de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) aborreceu muita gente quando lutou muito, junto com outras instituições, até conseguir que o uso das cadeirinhas de segurança para as crianças se tornasse obrigatório; incomodou mais ainda quando pressionou para que o uso do capacete fosse exigência para os motociclistas, quando enfureceu alguns por discordar com a regulamentação dos moto-taxis, no que foi vencida, por sinal. A reclamação só foi maior quando os ortopedistas se engajaram para denunciar a correlação bebida + direção = acidente! Hoje, claro, cada motorista convidado a usar o bafômetro fala mal de nós.

A SBOT confirma que continuará "chateando a todos" e por motivos que considera justo. Para o leigo, as 40 mil mortes que o Brasil registra a cada ano não passa de um número, e cada um pensa simplesmente "isso não vai acontecer comigo...". As pessoas pensam que acidentes acontecem com "o outro", mesmo sabendo que 300 carros se envolveram num megaengavetamento na Via Anchieta, com saldo de 51 feridos.

O problema é que mortes por acidente de trânsito acontecem! No mundo, diz a ONU, 1,3 milhão de pessoas morre a cada ano, no trânsito. No Brasil o trânsito já é a maior causa de morte na faixa etária dos 15 aos 29 anos e os ortopedistas vão continuar batalhando, porque para eles os 51 feridos da Anchieta não são apenas "um número"; são economias enfraquecidas, são sonhos destruídos, são traumas emocionais difíceis de reverter.

O profissional que trabalha em Pronto Socorro e recebe acidentados, vê o ferido como um ser humano em sofrimento. Nós vivenciamos quanto é duro explicar para uma mãe que a perna do seu filhinho de cinco anos terá que ser amputada... Pensamos nessa hora, mas não dizemos, que isso não seria necessário se a criança estivesse protegida na cadeirinha.

Nós vivemos diariamente o problema de filhos desesperados porque o arrimo familiar teve a moto abalroada enquanto ia para o trabalho. E o ortopedista sabe como é demorada - às vezes incompleta - a recuperação. Do ponto de vista técnico a Medicina pode muito, mas conhecemos as limitações econômicas para conseguir o tratamento adequado: "tivemos que vender o carro e o dinheiro está curto, ele não pode trabalhar...".

O ortopedista se torna conhecido e amigo do seu paciente vítima de acidente de trânsito, porque a convivência é necessariamente longa. Dos 51 feridos no megaengavetamento da Anchieta, muitos continuarão frequentando nossos consultórios mesmo daqui a um ou dois anos, reclamando das dores, das órteses com as quais não se acostumaram, da dificuldade de encontrar trabalho por causa da deficiência adquirida.

O inquérito concluiu que o acidente da Anchieta foi causado, como 90% dos acidentes com vítimas, pela imprudência de motoristas. Porisso nós, os ortopedistas, criamos coragem para continuar incomodando a sociedade, montando nossas banquinhas e distribuindo nossos folderes, na esperança de que com isso haja menos mortes no trânsito, menos perninhas amputadas, menos famílias desesperadas, mesmo que, na busca por um trânsito mais seguro sejamos considerados "os chatos de sempre" !




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